27 de agosto de 2010

O VALE DO CATIMBAU.



Ótima reportagem da Rede Globo feita por Francisco José sobre o Vale do Catimbau. Neste Vale são mais de 90 mil hectares que abrigam cavernas, canyons, vegetação nativa de caatinga e importantes sítios arqueológicos.
Região de caatinga, com grande biodiversidade, localizada a 295 km do Recife, com extensos paredões de granito, abriga várias cavernas, canyons e sítios arqueológicos com inscrições rupestres. É um importante patrimônio cultural e natural esculpido pela Natureza há mais de 150 milhões de anos.
A região do Vale do Catimbau se estende entre os municípios de Buíque, Tupanatinga, Inajá e Ibimirim, no Sertão do Moxotó, tem 90 mil hectares e está em processo de transformação, por parte do governo federal, em Unidade de Conservação de Proteção Integral. Será o segundo maior parque arqueológico do Brasil, ficando atrás apenas da Serra do Capivara, no Piauí.
O Vale abriga 23 sítios arqueológicos com grafismos rupestres já catalogados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, de acordo com pesquisas realizadas pelo arqueólogo Marcos Albuquerque, da Universidade Federal de Pernambuco, a presença humana na região é datada de seis mil anos.
Entre os sítios arqueológicos do Vale, um dos mais importantes é o de Alcobaça, localizado a 20 km da sede do município de Buíque. Situado em um paredão rochoso, este sítio tem configuração de um anfiteatro, onde foram encontradas pinturas rupestres ocupando uma área de 50 metros de extensão por largura que varia de dois a três metros.
Os grafismos, de acordo com estudos de Gislane Rocha, Fabiano Brito e Paulo Roberto Gouveia, foram feitos por diversos grupos étnicos que viveram na região em épocas diferentes e utilizaram várias técnicas de pintura.
No Vale, ainda vivem remanescentes de tribos indígenas. E uma outra grande riqueza da região é a extensa reserva de vegetação típica de caatinga, característica do semi-árido nordestino.
São pequenas árvores retorcidas, geralmente espinhosas, de aspecto seco, raízes muito desenvolvidas, grossas e penetrantes. Durante a estação seca, essas árvores perdem as folhas, para melhor resistir à estiagem, retomando seu verde logo com a primeira chuva.

(Fonte: Vale do Catimbau)

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